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Fotografia de Luciana Diogo |
Dia 6 de outubro fui chamada por uma amiga querida para ouvir os questionamentos provenientes de sua dor. Aquele momento em que você guarda as suas coisas e ajuda "o outro" a carregar as dele é bem importante, é a oportunidade da generosidade e de ver além de si mesmo.
Então, após sua explanação emocionada e o transito entre reclamações e indagações, raiva e pesar, respirei fundo e busquei as palavras adequadas para minha percepção embora não pudesse fugir do discurso verboso.
Controverti; por que as pessoas esquecem os seus feitos? Precisamos lembrar tudo de bom que fazemos, claro! Isso nos impulsiona a admiração pelo que somos e fortalece a autoestima mas não "ilumina" a nossa visão sobre a verdade. É preciso olhar com clareza para o que não fizemos de bom pois, somente reconhecendo os nossos erros, somos capazes de chegar ao amadurecimento. Ninguém evolui enquanto acredita que não erra e ou que não errou.
É fácil julgar os atos falhos do outro e sofrer por contrariedades, mas deveria ser comum investigarmos a nossa conduta e as motivações que criamos no "outro" para que agisse de tal forma. Ação tem um sentido enquanto que reação tem outro. O que aconteceu, de fato?
Algumas pessoas simplesmente não conseguem olhar para dentro de si mesmas e não podemos esperar que essas nos olhem por dentro.
A minha proposta sempre será; olhe para você e reveja suas palavras e seus atos. Encontre uma forma de refazer o seu caminho e perdoe-se! Após isso, perdoe-o! Esse é o inicio do processo de cura para a maioria das dores humanas e o mundo precisa de gente curada!